Crítica: Capitão América 2: O soldado Infernal

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Com a popularização da Internet e principalmente do YouTube, acabei esquecendo um pouco como é gostoso assistir a trailers de filmes nos cinemas, e não só pela telinha do “tube”. Ao assistir a prévia de GUARDIÕES DA GALÁXIA, que antecedeu a projeção deste CAPITÃO AMÉRICA 2: O SOLDADO INVERNAL (juro, não dá para engolir este título nacional), me diverti à beça com ela. Só que infelizmente, me diverti mais com o referido trailer do que com o filme do Capitão em si.

CAPITÃO AMÉRICA 2 traz bom ritmo e muita ação. As sequências de luta entre o herói e um dos vilões interpretados pelo lutador de MMA George St. Pierre, e entre o herói e o vilão do filme (o tal do Soldado Invernal do título), são intensas, ágeis e muito bem coreografadas. O problema é que o filme foi ambicioso demais em sua trama, e não conseguiu entregar tudo que prometia.

Excessivamente longo (140 min.), o filme traz um roteiro travado e desnecessariamente complicado demais para as soluções que apresentou em seu desfecho. Tive a distinta impressão que os diretores Joe e Anthony Russo (cujo currículo no cinema traz apenas a fraca comédia DOIS É BOM TRÊS É DEMAIS), e os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely (CAPITÃO AMÉRICA: O PRIMEIRO VINGADOR, THOR: O MUNDO SOMBRIO, SEM DOR SEM GANHO) tentaram aqui uma manobra semelhante à que BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS trazia, inserindo temas mais complexos e reviravoltas na trama. Mas todos se esqueceram que no filme e no universo do Homem-Morcego criado por Christopher Nolan, o perigo é algo palpável e realmente ameaçador, longe da abordagem que a Marvel tem para seus filmes, que priorizam a aventura e o cinema pipoca.

Nada contra isso, mas desde que os realizadores da obra aceitem que estão lidando com um produto voltado para a diversão, coisa que os próprios roteiristas fizeram tão bem em THOR: O MUNDO SOMBRIO, por exemplo.

Outra coisa que me incomodou, mesmo para um filme de super-heróis, foi certas atitudes de alguns personagens do filme, principalmente a Viúva-Negra, interpretada por Scarlett Johansson. A personagem é excessivamente arrogante, imbatível, mesmo sem super-poderes, e sua atitude blasée passa a irritar a partir de um certo ponto. Outro personagem que não me agradou foi o tal Falcon, que apesar de ter sido bem interpretado por Anthony Mackie (SEM DOR SEM GANHO), não convence com aquelas asas mecânicas, soando falso demais.

Em compensação, Chris Evans está muito bem. Em perfeita forma física, Evans dá um show nas sequências de luta e ação, honrando o título de protagonista de sua franquia. Samuel L. Jackson também está bem repetindo seu papel como o diretor da Shield Nick Fury (aqui em uma participação mais longa do que o habitual), e o grande Robert Redford ajuda a dar mais cacife para a produção. O Soldado Invernal interpretado por Sebastian Stan (12 HORAS) também ficou interessante, assim como o cada vez mais eficiente Frank Grillo (MARCADOS PARA MORRER, A PERSEGUIÇÃO), que está se especializando em roubar as cenas dos filmes onde atua. Aqui ele interpreta mais um dos vilões do filme.

O filme também ganha alguns pontos quando mostra o lado mais humano do Capitão, por exemplo na cena em que ele reencontra sua “paquera” do primeiro filme, Peggy Carter (Hayley Atwell), já uma senhora idosa nos tempos de hoje.

Resumindo, CAPITÃO AMÉRICA 2: O SOLDADO INVERNAL é boa diversão, mas ficou abaixo das minhas expectativas, principalmente porque considero o primeiro exemplar do Capitão um dos melhores filmes do Universo Marvel. Que venham OS GUARDIÕES DA GALÁXIA!

Olhem o trailer oficial de Capitão América 2: O Soldado Infernal



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