Ganhe a vida jogando videogames

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Desvendamos o caminho percorrido por gamers profissionais, que faturam milhares de dólares detonando jogos online.

Nos dias de hoje, centenas de jogadores conseguiram transformar seu talento em games de sucesso como “League of Legends”, “Call of Duty” e “Hearthstone” em profissão. Mas como isso funciona?


Em 1997 Dennis Fong, mais conhecido pelo seu pseudônimo online “Thresh”, se tornou um herói da Internet quando suas habilidades em “Quake”, o famoso jogo de tiro em primeira pessoa, renderam a ele uma Ferrari 328 GTS, cujo ex-dono era nada menos que John Carmack (o guru da programação que escreveu boa parte do jogo). 

O senhor Fong (agora aposentado) arrematou um prêmio de mais de 100 mil dólares em dinheiro antes de pendurar o mouse e transformar sua fama num império dos negócios. Ele continua famoso entre os ávidos gamers, tanto por provar que o público tem apetite para os “e-esportes”, como eles próprios poderiam ganhar o suficiente pra pagar as contas e viver do que mais gostam de fazer.

E você também sonha em construir uma carreira jogando videogame? Pois saiba que esta já é a realidade de muitos “e-atletas”. Confira os 4 passos pra chegar lá, segundo a revista The Economist

1. Participe de campeonatos e torneios que oferecem prêmios
A estrada que leva ao estrelato começa numa vasta rede de pequenos torneios online, valendo prêmios de algumas centenas de dólares bancados por patrocinadores interessados em atingir seu compromissado público geek

Se você se der bem nestes campeonatos poderá receber um convite para disputar a competição principal — torneios promovidos por empresas como Major League Gaming In America ou Electronic Sports League in Europe, que podem atrair milhares de espectadores simultâneos e oferecer prêmios de milhares de dólares.

Alguns campeonatos são organizados por empresas que fabricam os jogos mais populares entre os aficionados. Riot, a companhia por trás de “League of Legends”, um popular jogo de equipe online, tem desafiado milhões a organizar e transmitir competições extravagantes projetadas para coroar os melhores jogadores do mundo. 

2. Jogue, jogue de novo, JOGUE MAIS

Tal como acontece nos esportes tradicionais, ser bom em videogames requer muita prática. Na Coréia do Sul, onde o jogo de estratégia sci-fi "StarCraft" se tornou uma espécie de obsessão nacional na década de 1990, os jogadores profissionais vivem nas casas de suas equipes e dividem um sistema de privilégios, usados para incentivá-los a treinar por ate dez horas ou mais diariamente.

3. Identifique as fontes de capital e torne-se um especialista

Como qualquer esporte, o videogame profissional é um negócio de risco: é tudo ou nada. Os melhores jogadores conseguem acumular centenas de milhares de dólares ao longo de suas carreiras, a partir de uma combinação de prêmios em dinheiro, salários e patrocínio pessoal. Por outro lado, a maioria passa anos se aventurando no meio e acaba finalmente seguindo carreiras mais convencionais. Mas também há oportunidades para quem não manja tanto quanto um profissional. Os grandes torneios requerem comentaristas bem informados, o que significa que os jogadores ainda podem forjar uma segunda carreira pra explicar o que está acontecendo. 

Além disso, muitos jogadores novatos estão dispostos a pagar por hora pra treinar e aprender a jogar. Alguns jogadores tornam-se estrelas por conta própria, seja postando vídeos em que criticam o jogo dos outros regularmente, instruindo seus públicos sobre como melhorar, ou simplesmente discutindo as últimas fofocas.

4. Streaming: aprenda com o erro dos outros

Viver de videogame hoje em dia é possível também graças à ascensão de sites de streaming de vídeo, como Twitch.tv e Ustream, que permitem a qualquer um ter um programa de televisão de um homem só. Na verdade, é a internet que torna os esportes eletrônicos possíveis, em primeiro lugar. Tão grande quanto a indústria de videogames se tornou é o interesse em observar outras pessoas jogando — um verdadeiro nicho. 

Como a internet permite que pessoas com interesses em comum se conectem no mundo inteiro, as empresas ganham mais explorando a pós-distribuição (conhecido como long tail) do que o mercado de massa. As transmissões da MLG, por exemplo, são vistas em mais de 170 países, embora muitas rendam apenas um punhado de espectadores. Organizar esse tipo de cobertura através da televisão tradicional seria fantasticamente caro, além de exigir públicos reservados. Já a transmissão online é muito mais barata e elimina a necessidade de convencer redes de televisão — céticas e avessas ao risco — que as pessoas realmente irão assistir. 

O próprio Google parece pensar que jogar videogame profissionalmente é algo que tem futuro. Rumores indicam que a gigante das buscas está negociando o Twitch.tv, especializado em vídeo-streaming de jogos, por um bilhão de dólares.
Fonte: Area H

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